segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

As minhas escolhas


Tal como os livros, os filmes são uma forma de viajar, aprender e conhecer outras culturas, outras realidades, outros pontos de vista.

Existem filmes que me construíram. Milestones do percurso da minha vida.

Outros que me divertiram ou me mantiveram acordada por muito tempo.

São essas emoções, esse saber que quero partilhar com este blog. Irei, sempre que possível, deixar links para os poderem visionar.

O primeiro filme de que tenho memória foi o "O Sal da Terra" (Salt of the Earth Herbert Biberman, 1953). Passou na minha escola e deixou-me a imagem da força da mulher, a sua imensa luta. Associo a estética dessas mulheres ao meu professor Cipriano Dourado.

Recordo Charlie Chaplin e os serões na televisão da minha vizinha de baixo. Ficávamos, noite dentro, sem podermos rir muito alto para os pais dela não acordarem. Quando isso acontecia... acabava a secção da noite.

Recordo o primeiro filme que vi no cinema "Os Deus devem estar loucos", no Mundial com o meu irmão e a futura mulher.

A primeira saída com os amigos foi para ver "Voando sobre um ninho de cucos" no Alvalade.

O meu irmão continuou-me a oferecer bilhetes de cinema, na condição de eu ir com ele e ser ele a escolher. Assim ele "acompanhou-me" em filmes que a mulher dele não gostava. Alguns "A guerra das estrelas", "O caçador", "Apocalipse Now". Um dia, depois de um filme particularmente mau, impôs uma condição. Ele ia ver a uma sala e dava-me o dinheiro para ir a outra. Foi assim que comecei a escolher cinema.

A minha primeira escolha foi "Face a face". Nenhum dos meus amigos quis ir comigo. Tinha treze anos quando me sentei pela primeira vez no Nimas. Quando acenderam as luzes para o intervalo, pensei "os meu amigos tinham razão, ainda não entendi nada do filme. " Os comentários que ouvi no hall animaram-me, eu não era a única. Quinze minutos da segunda parte e fez-se luz. Continuo a adorar Bergman.





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